13 representantes africanos dos governos de Moçambique e São Tomé e Príncipe (STP) estão no Brasil para um curso sobre "Educação Ambiental na Agricultura Familiar", que será ministrado pelo Ministério do Meio Ambiente.

A iniciativa de cooperação técnica se realiza no âmbito do Programa de Cooperação Trilateral Brasil-Alemanha, desenvolvido pela Agência Brasileira de Cooperação (ABC) e a Agência de Cooperação da Alemanha GIZ (Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit), por meio da componente "Cursos de Desenvolvimento de Capacidades Humanas HCD" (Human Capacity Development). Os cursos de capacitação de curta duração, promovidos no Brasil, tem o objetivo de promover o desenvolvimento de capacidades em instituições de terceiros países, por meio do compartilhamento de expertises brasileiras, contribuindo assim com a implementação de políticas públicas locais.

Enquanto representantes do Ministério da Terra, Ambiente e Desenvolvimento Rural (MITADER) de Moçambique; da Direção Geral do Ambiente de STP e do Ministério de Agricultura e Desenvolvimento Rural de STP, os participantes irão levar os novos conhecimentos adquiridos para os seus países, adaptando-os às suas realidades. Entre os 13 participantes, 8 são mulheres.

Além de aprenderem conceitos e abordagens da educação ambiental, será estimulada a compreensão sobre o uso de práticas pedagógicas em políticas públicas com agricultores(as) familiares, assim como a reflexão de práticas sustentáveis na agricultura familiar e no manejo dos territórios rurais. O curso, dividido em três módulos (I- Estratégias da Educação Ambiental na Agricultura Familiar; II- O Programa de Educação Ambiental e Agricultura Familiar (PEAAF) e suas metodologias; e III- Sustentabilidade e Agroecologia), conta ainda com três visitas de campo para que os participantes vivenciem na prática os conceitos teóricos abordados.

Entres os locais visitados está a Comunidade que Sustenta a Agricultura (CSA) Doce Vida, do Assentamento Oziel Alves, em Pipiripau, onde conhecerão práticas sustentáveis de agricultura familiar; a Aldeia do Altiplano, em que serão visualizados sistemas agroflorestais e a sustentabilidade dos agroecossistemas; e a última visita será ao Instituto Federal de Brasília, universidade em que é ministrado o Curso Superior de Agroecologia e extensão rural junto a agricultores familiares.

O curso vai até sexta-feira, dia 27/04, dia em que será finalizado, com os participantes, o plano de ação para o retorno de cada um aos seus países, e como conseguirão atuar como multiplicadores e implementadores do conteúdo adquirido.

Para o primeiro semestre de 2018 estão previstos mais 2 cursos: um em parceria com o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade tratando do tema da Gestão para Resultados em Áreas Protegidas; e um em parceria com a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo no tema de Gestão de Áreas Contaminadas.

Imprensa

Países africanos conhecem práticas de educação ambiental no Brasil