A cooperação técnica internacional constitui importante instrumento de desenvolvimento para o Brasil, auxiliando o País a promover mudanças estruturais nos campos social e econômico brasileiro, com capacitação de instituições nacionais dos três níveis da federação, via compartilhamento de tecnologia e conhecimento.
O Brasil vem trabalhando em parceria com diversos países e organismos internacionais há décadas. Os programas e projetos de cooperação técnica do exterior para o Brasil geraram benefícios em importantes setores como desenvolvimento social, gestão pública, meio ambiente, energia, agricultura, educação e saúde, o que permitiu construir instituições nacionais mais sólidas, aptas a desempenhar suas funções em nível superior de excelência.
O estágio de desenvolvimento alcançado pelo Brasil, entre diversos países que vinham se beneficiando intensamente da cooperação internacional nas últimas décadas, fez com que algumas instituições brasileiras fossem demandadas com crescente intensidade tanto por países interessados na sua experiência quanto por organismos internacionais. Dessa forma, o governo brasileiro, reconhecendo a importância que a cooperação técnica internacional havia representado para o desenvolvimento nacional, passou a prestar cooperação ao exterior por meio do compartilhamento das suas experiências e boas práticas acumulados tendo como base os príncipios da chamada cooperação Sul-Sul (CSS).
A estratégia da cooperação técnica implementada pela Agência Brasileira de Cooperação (ABC) desenvolve-se exclusivamente em resposta a demandas oficialmente recebidas, por meio dos postos diplomáticas brasileiros, ou das representações estrangeiras em Brasília. O Brasil não voluntaria cooperação. A decisão sobre a aceitação da demanda depende de seu enquadramento nas diretrizes da política externa brasileira
Os programas de cooperação do Brasil para o exterior permitem compartilhar conhecimentos, experiências e boas práticas por intermédio do desenvolvimento de capacidades humanas e institucionais de outros países, com vistas a que o país parceiro alcance um salto qualitativo de caráter estruturante duradouro. Para atingir esse objetivo de aprimoramento das instituições, a Agência lança mão de uma série de estratégias que foram sendo desenvolvidas ao longo das mais de três décadas de sua existência. Acima de tudo, mantém contato frequente com vários órgãos governamentais, organismos internacionais e governos de países parceiros, com intenção de aumentar a eficácia de seus projetos.
A ABC conta, em mais de três décadas, com 257 instituições parceiras nacionais, públicas e privadas; alianças estratégicas com 20 países desenvolvidos, 45 organismos internacionais e mais de 100 países em desenvolvimento. Os principais projetos desenvolvem-se em administração pública, agricultura familiar, ciência e tecnologia, cultura, defesa, desenvolvimento social, educação e alimentação escolar, energia, indústria e comércio, justiça, meio ambiente, pecuária, saúde, segurança pública, desenvolvimento urbano, trabalho e emprego.
O papel da ABC é de coordenadora e responsável pela negociação e supervisão dos diferentes programas e projetos negociados e implementados junto a parceiros bilaterais, regionais e multilaterais, além de representante oficial do governo nas ações de cooperação técnica.
A cooperação internacional têm-se revelado valioso instrumento da política externa do Brasil. Além dos ganhos de experiência para instituições brasileiras, apoia objetivos e ações de nossa diplomacia junto a países parceiros e organismos internacionais. Na esteira dos projetos de cooperação, tem gerado visibilidade para o Brasil no mundo, sobretudo entre países em desenvolvimento, e aberto oportunidades de exportação de bens e serviços brasileiros, criando emprego e renda no Brasil, entre outros ganhos para o País.