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Fortalecimento tecnológico e difusão de boas práticas agrícolas para o algodão em países do Cotton 4 e no Togo

Fortalecimento tecnológico e difusão de boas práticas agrícolas para o algodão em países do Cotton 4 e no Togo

O Projeto "Fortalecimento tecnológico e difusão de boas práticas agrícolas para o algodão em países do Cotton-4 e no Togo", desenvolvido no Benim, Burquina Faso, Chade, Mali e Togo, começou suas atividades em 2014, dando início à segunda fase do projeto Cotton-4. Com o objetivo de contribuir para o desenvolvimento do setor de algodão nestes cinco países, aumentando a produtividade, gerando diversidade genética e aprimorando a qualidade do produto cultivado, a iniciativa é realizada em parceria com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e com os governos de cada uma destas nações, e conta com financiamento do Instituto Brasileiro do Algodão (IBA)

As atividades desenvolvidas visam difundir para os produtores os conhecimentos consolidados na primeira fase do projeto, além de contemplarem a questão da segurança alimentar, uma vez que a grande maioria dos produtores africanos são núcleos familiares. Dessa forma, o projeto almeja não só o aumento da qualidade e da quantidade do algodão, mas também da produção de alimentos, por meio da rotação de culturas alimentares e geração de renda.

Por meio da adaptação das tecnologias associadas à cultura do algodão em pequenas propriedades do Benim, Burquina Faso, Chade, Mali e Togo, a iniciativa procura apoiar ainda o fortalecimento das capacidades das instituições co-executoras parceiras (INRAB, no Benim; INERA, em Burquina Faso; ITRAD. no Chade; IER, no Mali; e ITRA, no Togo) que atuam na área do algodão em cada país, de modo que elas possam desenvolver soluções adaptadas, em benefício da cadeia produtiva cotonícola do país em que estão inseridas.

Para tanto, ensaios adaptativos em melhoramento genético de plantas foram conduzidas, durante a primeira fase do projeto (2009-2013), nos campos experimentais do Instituto Nacional de Pesquisas Agrícolas do Benim (INRAB), no Instituto Nacional de Pesquisas Agrícolas e Ambientais de Burquina Faso (INERA), no Instituto Chadeano de Pesquisa Agronômica para o Desenvolvimento (ITRAD) e no Instituto de Economia Rural do Mali (IER).

Durante a primeira fase, que incluía os mesmos países, com exceção do Togo, o projeto Cotton-4 promoveu mudanças significativas nos paradigmas tecnológicos do setor algodoeiro, na medida em que esta representa uma cultura de forte impacto econômico e social nos mercados internos das nações participantes.Para tal, foi implementado, em cada um dos países parceiros, em conjunto com a Embrapa, uma unidade demonstrativa na qual foram semeadas, em pequenas parcelas, dez variedades de algodão desenvolvidas no Brasil, para serem comparadas com as locais, bem como reproduzidas as técnicas de manejo, transferidas por meio de capacitações. 

Mais de 400 técnicos, dos quatro países, participaram de cursos previstos, organizados no Brasil e no Mali, para adaptação das tecnologias brasileiras relativas aos três eixos desenvolvidos no projeto: plantio direto sob cobertura vegetal, manejo integrado de pragas e melhoramento genético do algodoeiro. 

Na primeira fase, concluída em 2013, resultados duradouros foram alcançados, com especial destaque para a implantação, no Mali, de um complexo de escritórios, laboratório de entomologia para a criação de inimigos naturais das principais pragas da planta do algodoeiro na região, câmara fria para armazenamento de recursos genéticos, galpão para beneficiamento de amostras e espaço para gerador de energia. Além disso, houve revitalização dos laboratórios de solos e biotecnologia.

Em síntese, três eixos interativos e interdependentes marcaram os trabalhos realizados no âmbito da primeira fase do projeto Cotton-4: i) construção de uma base de conhecimentos técnicos em recursos genéticos do algodoeiro; ii) busca pela validação e difusão de sistemas produtivos eficientes, com emprego de materiais adaptados às condições agronômicas e os modos de produção prevalecentes em cada país; e iii) internalização de tecnologias voltadas para o manejo e controle biológico das pragas do algodoeiro.

A cooperação técnica brasileira tem como objetivos principais o fortalecimento de capacidades, formação de recursos humanos e compartilhamento de experiências. Em outras palavras, é pautada pela transferência de conhecimento (metodologias, tecnologias, boas práticas e demais conhecimentos com conteúdo técnico que possam ser sistematizados e disseminados) com aplicação imediata em processos de desenvolvimento e que permitam a um dado país alavancar seu desenvolvimento em um assunto específico.

Veja algumas notícias e vídeos relacionados com o projeto:

> Projeto Cotton-4 + Togo: Missão de prospecção e finalização

> I Reunião do Comitê Gestor do Projeto Cotton-4 + Togo – Brasília, 25 a 29 de abril de 2016

> Projeto visa a ampliar produção de algodão em lavouras africanas

> Vídeos projeto Cotton4 + Togo

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